quarta-feira, 4 de março de 2009

Um homem

Era uma típica tarde de verão brasileiro. As praias estavam repletas de gente se banhando no mar, tomando um solzinho... As belas mulheres exibiam seus corpos esculturais, tampando apenas o, digamos assim, necessário. Os homens não paravam de analisar as belas formas femininas e pensavam como seria uma maravilha ter uma dessas em suas camas, deleitando-se em momentos de prazer. Os calçadões transformavam-se em verdadeiras passarelas da atividade física, onde pessoas buscavam sua saúde. Aqueles que não podiam aproveitar os momentos de deleite que o verão brasileiro podiam proporcionar trabalhavam e transpiravam. Como transpiravam... As altas temperaturas do nosso verão são cruéis com aqueles que não podem aproveitá-las!
Neste cenário, havia um belo menino loiro de olhos azuis que não aparentava ter mais do que 15 anos. Apesar de bonito, ele era nerd. Um típico nerd anti-social que idolatrava as fórmulas matemáticas aprendidas na escola. Seu nome era Lúcio. Ele morava em frente à praia de Icaraí, com seus pais e sua irmã mais velha. Aquela loira de biquínis rosa com detalhes amarelos beijando um surfista moreno perto da água. Ele parava e pensava qual seria a sensação de beijar uma mulher. Todas as noites, ele se via no laboratório de química da escola, realizando uma esperiência qualquer com substâncias inorgãnicas e fazendo cálculos estequiométricos. De repente, aparecia uma bela cientista. Loira como ele, mas com um toque a mais de sociabilidade. Ela se aproximava dele e olhava seus cálculos.
- Não, Lúcio! Esse cálculo está errado!
- Como posso acertar os cálculos se as substãncias não resultam naquelas que eu quero?
- Vou te mostrar!
Ela se aproximava ainda mais... colocava a mão do menino em seus seios... fazia-o acariciá-la suavemente... O menino já estava transpirando e algo estava diferente. Seu corpo não correspondiam mais aos seus comandos. Suas pernas tremiam, seus olhos não conseguiam fugir daquele rosto angelical e branco.
- Entendeu agora? Quer analisar essa substância que fois ecretada pelo seu corpo?
- Bem... eu... será que...
A mulher ria.
- Vou ajudá-lo.
Os lábios dela começavam a se aproximar dos do rapaz. Pobre menino! O que a falta de informação e orientação dos pais no momento certo fizeram com ele?! Todos os garotos da idade dele já tinham alguma experiência com mulheres. Sejam elas prostitutas, namoradas, enfim. Mas Lúcio... pobre Lúcio! Nenhuma. Ele se deixava levar por aquela sensação prazerosa que estava sentindo. Deixava-se levar pelo momento. E, quando os lábios iriam se encontrar...
- Lú! chamava uma voz feminina. O menino acorda de seu sonho e se vê novamente na praia.
- Mana, o que foi? Você não estava se pegando com seu namorado? O que você quer?
- Xiiiiiii... quanta ignorância! Ele foi pegar um refrigerante pra gente. Por que tá irritado?
- Nada. Coisa minha.
- Hum, sei. Essa "coisa minha" deve ter nome e sobrenome.
- Não enche o saco. Tava pensando na prova de semana que vem.
- Prova de como chamar uma garota pra sair? Prova de socorro não quero mais ser um nerd?
- Vou pra casa! Vai namorar, vai!
E com essas palavras irritadas Lúcio voltou para sua casa.

Um comentário:

  1. hahaha
    gostei muito.
    Leandro, o cronista.
    No minímo,o contador de contos.
    bjs

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