segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Após uma briga feia, nos tornamos novos Jacobinas?

As relações entre os seres humanos são muito complexas! Uns se amam, outros se odeiam, aqueles outros nem se conhecem. Enfim... há bilhões e bilhões de pessoas convivendo num mesmo espaço chamado planeta Terra. E a todo momento há pessoas rindo, chorando, amando, odiando, brigando, transando e realizando outras inúmeras atividades com outros seres humanos. Mas como entender a mente humana? Por mais que sejamos amigos ou que tenhamos algum tipo de relação com uma determinada pessoa, como convencê-la a entender que muitos irão ferí-la ao mesmo tempo que muitos irão amá-la? Isto é algo que já está enraizado em nossa consciência, mas que não vem à tona quando passamos por uma desilusão amorosa ou quando nos decepcionamos com alguém. É como se os nossos instintos, nosso coração só quisesse enxergar aquilo que nos é conveniente. Seja uma palavra amável saída de uma pessoa cujo caráter é duvidoso ou um fato ocorrido envolvendo pessoas do nosso círculo social que se propaga e as partes divulgam sua versão da história. Aliás, até para quem esteve envolvido com algum acontecimento desagradável, contar (e filtrar) sua versão do ocorrido é também muito conveniente. Mas o que ocorre com as pessoas que só escutaram apenas uma versão, mesmo que filtrada? É claro que elas só terão apenas uma diretriz de julgamento. Mas como convencer alguém disso? E quando esta pessoa está tão ferida e magoada que se recusa a enxergar os fatos sob um outro ponto de vista? Sob a perspectiva de alguém que, mesmo sentindo a sua dor e o seu sofrimento, está à parte de tudo e tem mais condições para guiá-la rumo ao esclarecimento de certos fatos ainda mergulhados nas trevas do ressentimento e da tristeza? É, querido leitor, ser amigo é uma tarefa árdua! Ser amigo é como ser Machado de Assis escrevendo um de seus romances da 2ª fase, pensando em inúmeros recursos estilísticos e estéticos, trabalhando sempre com a linguagem. É como o esforço que o lobo mau faz para tentar derrubar a 3ª casa somente com um assopro! Depois de separações feias e brigas sérias com pessoas que amamos e que aparentemente achávamos que nos amava, como devemos reagir a dor e ao ressentimento? Perdoando, esquecendo o que aconteceu e retomar do zero; sofrer e guardar rancor daqueles que um dia nos magoaram; ou nos lamentarmos a todo momento, acreditarmos que somos vítimas e cancelarmos qualquer tipo de contato que temos com estes? Muitos dizem que as duas últimas opções são muito fáceis e convenientes. Mas a que preço? Vale à pena seguirmos pela estrada mais larga e iluminada, sendo que, como consequência, perderemos a nossa humanidade e a nossa fé nas pessoas? Ou será que, mesmo sentindo dor e uma vontade louca de bater em alguém, devemos seguir pela estrada mais estreita e escura, sendo que nossa recompensa será o paraíso eterno? Mesmo conscientes de que a opção mais fácil nos trará consequências desastrosas, muitos preferem seguí-la. Infelizmente. E aos poucos elas se tornam tudo aquilo que um dia repudiaram. Bentinhos que se lamentam a todo momento da possível infidelidade de sua Capitu. Após uma briga feia, nos tornamos novos Jacobinas?

Um comentário:

  1. Detesto textos que falam em códigos, ainda mais que pra mim responde tudo, ainda mais quem vivenciou o que o testo fala e pra quem o escreveu, pessoas corajosas não se escondem nas palavras, esses se tornam grandes escritores, são diretos e verdadeiros, não ficam dando em cima das pessoas tentando escrever textos que mostrem algo quem não são apenas para possuir a pessoa que desejam, até mesmo quando essa pessoa é de outro né? A tá além de escritor Mediocre também é medroso e prefere comer pelas peradas até chegar ao meio, O VERDADEIRO CANALHA atua desta mesma forma.

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