segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

É possível gostar de alguém sem conhecê-lo?

Que mistérios são os jogos de sedução! Sempre que nos encontramos com alguém que nos interessa para um possível futuro relacionamento, sentimos algo. Provavelmente não é o amor propriamente dito. É algo um pouco diferente, um sentimento bastante singular. A língua portuguesa, em sua longa lista de palavras e significados, não possui uma palavra que descreva esse sentimento que toma conta da gente quando conhecemos uma pessoa da qual nos interessa. A palavra mais próxima na qual consigo me aproximar é euforia. Sim, euforia! Mas e quando se trata de alguém que ainda não conhecemos pessoalmente; somente por fotos ou por uma conversa agradável no msn ou em outros sites de relacionamentos que existem por aí pela web? E quando se trata de jogos de sedução numa simples conversa on-line? E se fôr uma conversa sem fins "amorosos"? E se a pessoa com a qual tivemos esta conversa tiver terminado um relacionamento recentemente? Alguém que nunca viveu um relacionamento com alguém, como é o meu caso, ainda não é capaz, em teoria, de lidar com as armadilhas que uma relação "amorosa" lhe impõe. Esta pessoa fica eufórica com o possível encontro com alguém que conheceu na web, tem devaneios a respeito de como será este encontro e do que acontecerá, e espera por ele ansiosamente. Tudo por causa de duas ou três conversas que tiveram, vale ressaltar, na web! Conversas nas quais o assunto começou como uma consulta num psicólogo onde o outro desabafava com um desconhecido suas desventuras amorosas com o atual namorado; e que terminou num convite para sair, sendo que este, o que terminou o namoro, mencionou sexo. Uma vez, eu li num dos perfis que visito desses sites de relacionamentos que, entre homens, tudo começa na cama. Será mesmo? Será que Heloísa Perissé, em Sexo, amor e traição, tinha razão ao dizer que o homem é o primata menos desenvolvido de todos por pensar em sua própria banana? Será que um relacionamento entre homens nunca transcenderá o sexo? Ou será que o pensamento imposto pela cultura judaico-cristã e cristalizado pela sociedade, de que amor e sexo só devem acontecer entre um homem e uma mulher, é pura balela? Ou será que é possível haver dois homens que se amam, trocam experiências, vivem toda uma vida e, é claro, fazem sexo? Particularmente, fico com a segunda opção. Acredito que todos nós temos alguém que vá mudar as nossas vidas de maneira avassaladora e que vá nos proporcionar momentos inesquecíveis. Voltando ao assunto desta postagem, eu penso nos inúmeros encontros que acontecem todos os dias em todos os cantos do planeta entre dois gays. Acredito, também, que dois homens se "resolvem" primeiramente na cama. Todas estas questões aqui colocadas martelam incessantemente na minha cabeça e me fazem ter dor de cabeça de tanto pensar. E elas vêm à minha mente, por causa de uma simples pessoa que nem conheço pessoalmente. E eis as grandes perguntas: existem jogos de sedução entre duas pessoas numa sala de bate-papo? Como podemos gostar de alguém somente lendo algumas palavras digitadas numa sala destas? Por que sentimos essa euforia por alguém com quem não sabemos se temos química? É possível gostar de alguém sem conhecê-lo?

2 comentários:

  1. Olha, Lelê...Lah vai a minha opinião d super hiper mega ultra pessoa inteligente e esperta:
    Cara, eu acho q não é só possível, acho q é o mais provavel. Embora para a maioria seja necessário algo mais, eu costumo me apaixonar por olhares furtivos, jeitos engraçados de se mexer no cabelo, manias ímpares de como pronunciar "perverso" ou como finalizar uma frase d msn... Essa "paixão" que, acredito eu, seja melhor definida como um "fascínio" inexplicável ao invés de simples euforia, é uma das coisas mais divertidas, pois nos permite imaginar, criar e viajar em pensamentos tão intimos, tão nossos...coisas q provavelmente não teremos coragem d admitir quando a prática se mostrar bem menos interessante.
    Portanto, aproveite os amores inventados e, com sorte, um dia vc faz de um desses um amor deliciosamente real e com um inicio q faz até o mais babca durão suspirar...

    PS: tb acho q isso ocorre em todos os campos (amoroso, de amizade, profissional)...Esse pré-julgamento q fazemos e as atitudes q tomamos diante disso são bem próprias do ser humano... Eu, por exemplo, certo dia, conheci um ursinho Teddy na faculdade e simpatizei logo de cara... Imaginei q ele era o maximo e alguém super legal pra se conversar, pra ser amigo... O ursinho Teddy superou expectativas...E hj em dia, eu comento no blog dele!!! :D Viu soh como da teoria sem base pode virar totalmente aplicavel?!

    bjuxxxxxxxxx

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  2. Eu sempre esqueço de assinar meu nome, neh?!!! Aiaiai, AMANDA VOLOTÃO!!!! :p

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