quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vale à pena ser o outro apenas pelo sexo?

Como é bom transar! É impossível haver uma pessoa neste planeta que não goste de fazer sexo. Mesmo o mais beato de todos os homens, mesmo aqueles que trocam os prazeres da carne pelos prazeres espirituais, todos gostam do ato sexual. Uma troca de movimentos estimulantes que nos levam à origem "científica" da vida: o orgasmo. Que sensação maravilhosa! Depois de algumas horas trocando experiências sexuais com o nosso parceiro, temos um momento crucial no ato sexual, cuja sensação é indescritível! Mudando um pouco de assunto, os estudos da Antiguidade afirmam que, desde as épocas mais remotas (as em que há registros culturais; os afrescos, por exemplo) nos mostram que já havia homoerotismo. Na Grécia antiga, as relações homossexuais eram pedagógicas, ou seja, homens mais velhos compartihavam suas experiências com os mais jovens, e isto pressupunha relações sexuais. Em Roma, o "amor grego", as relações entre homens, também era praticado, mas com um detalhe interessante: o condenável na sociedade era o homem com trejeitos andrógenos, a atual "bichinha". Sabe-se também que Júlio César era o "marido de todas as mulheres e esposa de todos os homens". A cultura judaico-cristã, desde seu surgimento, condenava este tipo de relacionamento, e esta condenação se cristalizou na sociedade de tal forma que, ainda hoje, os homossexuais são tratados de forma receiosa pela sociedade. O fato é que boa parte dos homens que curtem uma relação homoerótica é composta por homens comprometidos ou que querem manter a imagem de homem que está inserida no imaginário da sociedade. Aquele que, apenas, se relaciona amorosamente com mulheres. Talvez eles sejam tão discretos assim por medo do olhar da sociedade, da família e/ou dos amigos. Não sei. O fato é que eles são muito cobiçados no universo homossexual por diversos motivos; por exemplo, a pegada e o fetiche. Não me excluo desse grupo; eu também curto sair com os "falsos héteros". Mas a diferença entre se relacionar com homossexuais e com "falsos héteros" é que aqueles podem te apresentar como namorado, te levar para passear, te tratar com exclusividade; em suma, sentimos segurança ao lado deles. Com os "falsos héteros" não. Eles são comprometidos, têm uma "imagem a zelar" diante da sociedade, só podem nos ver de vez em quando; mas o sexo é ótimo! Eles são como uma droga que nos alucina, nos envolve, nos intoxica até sermos totalmente envolvidos por eles. Se realizarmos uma pesquisa, a maioria escolheria os homossexuais, digamos assim, genuínos para encarar um relacionamento sério. Mas boa parte das pessoas admitiriam que ter um "falso hétero" na sua cama é algo bastante excitante e avassalador, e que eles são um ótimo "passatempo" para os tempos de "seca no Nordeste". E o mais interessante: quem sai com "falsos héteros" são geralmente homens homossexuais ou outros "falsos héteros". Afinal, sabemos que o sexo faz mais falta para o homem do que para a mulher. Mas o que tornam os "falsos héteros" tão atraentes assim? Será o sexo ou a questão do fetiche? Se saímos com um homem comprometido, temos consciência de que a(o) outra(o) é a mais prejudicada em toda essa história; é a vítima. Afinal, ninguém gosta de saber (se souber) que o companheiro (a) é infiel. Será que estamos nos tornando pessoas ruins por sermos o(a) outro(a) ou vale à pena fazer isso para termos uma garantia de uma ótima noitada sexual? Vale à pena ser o outro apenas pelo sexo?

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